A história do Movimento de Lausanne começou com uma amizade especial. Em 1955, o evangelista Billy Graham foi convidado para liderar uma missão na Universidade de Cambridge com John Stott atuando como seu principal assistente. Estes dois jovens formaram uma amizade que durou a vida toda, e que levaria ao lançamento do Movimento de Lausanne.
Para compreender a importância dos Batistas na luta pela liberdade religiosa é preciso conhecer o contexto no qual o grupo surgiu e se desenvolveu. A Inglaterra do século 17 tinha uma religião oficial (Anglicana) e ambos, Igreja e Estado, estavam sob governo do Rei. Os cidadãos deviam estar obrigatoriamente inseridos nas duas instituições. No caso da Igreja, essa inclusão era feita por meio do batismo, logo após o nascimento. Aqueles que não batizavam os bebês estariam negando-lhes, além da entrada no Reino de Deus, também a cidadania plena. Ou seja, era considerado uma espécie de abuso infantil. Assim, estavam violando a lei tanto os que não faziam parte da Igreja oficial quanto os que não praticavam o batismo infantil, podendo receber punições como prisão, exílio ou até mesmo a morte.
Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho, preparada para o Congresso da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil, Secção Pará – Palestra 1 - 2011
Esta primeira palestra brota do coração. Sou batista. Não me envergonho de sê-lo e não pretendo deixar de sê-lo. Conheci o evangelho numa igreja batista. Foi por causa do ministério de uma delas que conheci Jesus Cristo como meu Salvador. Estudei num seminário batista, sustentado por igrejas batistas, e foi nele que recebi minha base teológica, e onde me apaixonei pela Teologia. Fui consagrado por um concílio de pastores batistas, a pedido de uma igreja batista, e sempre recebi sustento de igrejas batistas. O mínimo que posso ter pelos batistas é gratidão. Não vi incompatibilidade entre uma igreja batista e a essência do evangelho. Como nunca tive sonhos de ser megastar evangélico, não pensei em carreira solo nem escrever meu nome em gás néon, permaneci como pastor batista. Já me é um título honroso e bastante pesado, por isso nunca aspirei a ser bispo, arcebispo, apóstolo, patriarca, cardeal ou outra coisa. Sempre pedi a Deus que me concedesse sensibilidade para distinguir entre minha frustração com pessoas e com a estrutura comandada por pessoas, e a denominação como um todo, com sua doutrina, sua história e seus princípios. Subordinei minhas birras pessoais (e sou birrento) à visão do todo. Afoguei minhas ambições pessoais, com a graça de Deus. Estou em paz com minha denominação, amo-a, e se ela não me ama pelo menos me tolera. Desde que se tornou cristão, Billy Graham disse: “Eu não conseguia entender a segregação na igreja”. Em 1952, ele se sentiu compelido a assumir o que era considerado na época uma posição dramática. Ele estava programado para realizar uma Cruzada em Jackson, Mississippi, e os assentos foram organizados para acomodar uma audiência segregada. Cordas foram erguidas para manter negros e brancos separados. Quando Graham chegou à reunião, ele pessoalmente foi até lá e puxou as cordas para baixo e se recusou a deixá-las ser colocadas de volta.
William Franklin Graham Jr. fez o impensável na cruzada de 1952 em Jackson, Mississippi, quando removeu a corda vermelha de segregação que separava os adoradores negros e brancos. [1]. Nascido em 7 de novembro de 1918 perto de Charlotte, Carolina do Norte, William Franklin Graham Jr. deu poucas indicações de que um dia pregaria o Evangelho para até 250 milhões de pessoas em mais de 185 países. [2] Graham foi creditado por pregar para mais pessoas do que qualquer outra pessoa na história, sem contar os milhões adicionais endereçados no rádio e na televisão.
Há em nosso meio um pensamento com tendência a um controle externo sobre as igrejas. É uma reação a alguns abusos que aconteceram em nosso arraial. Infelizmente, todos conhecemos casos de gente pouco honesta que mudou lentamente as doutrinas na igreja, até levar o patrimônio consigo ou para outro grupo. É lamentável. Mas não creio que policiar as igrejas seja a solução. Um amigo de correspondência, pastor de outra denominação, me indaga se os batistas não estariam melhores se houvesse um controle sobre as igrejas, para evitar problemas doutrinários como G12, por exemplo.
Billy Graham faleceu aos 99 anos. Seu legado jamais será avaliado em toda sua extensão, mas há ao menos cinco lições primordiais para nós. Vamos juntos analisar o que podemos aprender com ele!?
Manifesto dos Ministros Batistas do Brasil (1963) 1 A Ordem dos Ministros Batistas do Brasil, entidade que congrega os pastores que servem às Igrejas da Convenção Batista Brasileira, em sua última Assembléia Geral, realizada na cidade de Vitória, Estado do Espírito Santo, resolveu apresentar à Nação Brasileira e à Denominação Batista em particular, o seguinte MANIFESTO
Batistas se destacam por enfatizar os requisitos bíblicos para um verdadeiro batismo, ou seja, o batismo deve ser por imersão e somente os crentes são os sujeitos adequados do batismo. O que eles nem sempre foram igualmente habilidosos em explicar é a resposta para esta pergunta: o que significa o batismo? Ontem à noite, quando eu cheguei em casa, vindo do Quebec, assisti a um batismo pela maravilha da internet e escutei um discurso relativamente extenso sobre o que o batismo não é: não é um evento salvador, a água não é importante (pelo que percebi, o batizador queria dizer que a água não contém nenhuma propriedade “sacramental” – certamente não estava dizendo que o batismo não requer água, o que seria muito estranho para um batista afirmar), e que o batismo é meramente um símbolo.
Em termos de Soteriologia, os Batistas sempre assumiram uma posição intermediária entre o Calvinismo e o Arminianismo e sempre buscou fugir de um compromisso cego com ambos os sistemas soteriológicos, mantendo-se livre para transitar entre ambas as posições no que elas caminhas de acordo com as Escrituras, e apartando-se tranquilamente nos pontos em que afastam-se das Escrituras
Este é um sermão que foi pregado na Igreja Batista de Queen Street, que faz parte do CBOQ (Canadian Baptists of Ontario and Quebec).
Muitas pessoas pensam que ser Batista se resume a simplesmente usar muita água para os batismos. Mas na verdade é muito mais que isso. Sempre começo as aulas de história da igreja da mesma maneira que o nosso querido irmão Tom Nettles, com uma palestra chamada "Por que estudar história da igreja?". Não estou apenas buscando imitar meu mentor; vivemos em uma época em que o que C.S. Lewis chamou de "esnobismo cronológico” - a priorização de todas as coisas novas e o desprezo de todas as coisas antigas – isso é notório.
Uma Introdução a “Uma Declaração dos Batistas tradicionais do Sul dos Estados Unidos sobre a Compreensão do Plano da Salvação" A seguir, é apresentada uma sugestão do que os batistas do sul dos Estados Unidos acreditam sobre a doutrina da salvação. Compilado por vários pastores, professores e líderes em resposta ao crescente debate sobre Calvinismo na vida batista do sul, começa com uma justificativa para tal afirmação neste momento, seguida dez artigos de afirmação e negação. O objetivo era criar uma declaração que refletisse com precisão as crenças da maioria dos batistas do sul, que não são calvinistas. A preocupação dos desenvolvedores de essa afirmação era de que o ponto de vista dessa maioria não estava bem representado pelo termo “não-calvinista” e que era necessário um instrumento pelo qual essa maioria pudesse articular o que eles acreditam em relação ao calvinismo. Não se pensa que este documento reflita o que todos os batistas do mundo ou que todo batista acredita ou mesmo pensamento que deve ser imposto a todos os batistas do sul. No entanto, acreditamos que isso reflete o pensamento da maioria dos batistas do sul por boas razões bíblicas. Seu objetivo é gerar uma informação muito necessária na discussão em toda a convenção sobre o lugar do calvinismo na vida batista do sul.
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Outubro 2024
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