Thomas Helwys é conhecido como o fundador do movimento batista. Ele era arminiano, e assim a história registra que os primeiros batistas na Europa eram arminianos. Sua Declaração de Fé está registrada abaixo, embora eu não a tenha verificado em uma edição impressa e sua fonte de domínio não esteja mais disponível.
A Confissão de Fé de New Hampshire foi redigida pelo Rev. John Newton Brown (1803 - 1868), no Estado de New Hampshire, por volta de 1833, e publicada por uma comissão da Convenção Batista daquele Estado. Ela foi adotada pela mesma Convenção, chegando a influenciar outras confissões, sendo uma das mais largamente aceitas e amplamente usadas declarações de fé Batista nos Estados Unidos, especialmente nos estados do norte e do oeste. Trata-se de uma declaração clara e concisa da fé denominada Batista, em harmonia com as doutrinas de confissões mais antigas, porém expressa em forma mais moderada. Ela é relativamente breve quando comparada com outras confissões, contendo 18 artigos. De um modo geral, sua tendência é calvinista moderada e relembra a fé dos protestantes ortodoxos.
Nos estudos sobre a tradição batista, encontramos documentos importantes sobre a nossa denominação. Entre eles está o pacto das igrejas batistas, que trata de aspectos de cooperação dos crentes na igreja local e a cooperação entre as igrejas batistas.
Por isso, é importante a defesa dessa postura de pacto e cooperação através da Convenção Batista Brasileira, entendendo não só como algo da tradição batista no mundo e também no Brasil, mas também por ser uma estratégia consagrada para potencializar o avanço do reino. Pastor Rui Dias, filiado a Ordem dos Pastores Batistas do Brasil da Convenção Batista Brasileira, faz alguns destaques de diferenças entre a Confissão de Fé Batista de Londres de 1689 e a Declaração Doutrinária da CBB.
Por muito tempo, Thomas Helwys foi meramente visto por suas contribuições políticas para a liberdade de consciência e separação entre Igreja e Estado. No entanto, essas idéias não foram apreciadas no contexto da reflexão eclesial que as produziu. Tentando corrigir isso, Marvin Jones oferece o primeiro tratamento completo sobre a compreensão de Helwys sobre a Igreja Batista Inglesa.
Desde o começo o cristianismo confessou sua fé de forma lógica e objetiva, através de credos e confissões, e isto se refletiu na aceitação do Credo Apostólico (390), do Credo Niceno (352) e do Credo de Atanásio (670). Esta expressão vem do latim credo , “creio”. As funções destes credos, desde o princípio, foram oferecer ao candidato ao batismo um modo claro de expor sua fé; um roteiro para instrução na doutrina cristã; compreensão correta das Escrituras e teste de ortodoxia para os pastores; uso na adoração cristã, geralmente depois da leitura das Escrituras, como uma afirmação da fé congregacional.
A. B. LANGSTON (Alva Bee Langston), dos Estados Unidos, 1878, escreveu, entre outros, NOÇÕES DE ETICA PRATICA, TEOLOGIA BIBLICA E SISTEMATICA, O PRINCIPIO DO INDIVIDUALISMO, A DOUTRINA DO ESPIRITO SANTO. Após os estudos primários em sua terra natal, deslocou-se para outros centros, onde também estudou. Tinha 31 anos de idade, em 1909, quando foi nomeado pela Junta de Richmond, missionário batista, tendo vindo para o Brasil. Tornou-se Professor do Colégio Batista do Rio e também do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil. Foi Pastor de diversas igrejas batistas do Rio de Janeiro. Exerceu esta atividade de Pastor e também de Professor até 1936, quando tinha 58 anos de idade. Faleceu em 1965, com 87 anos.
Compre o livro ESBOÇO DE TEOLOGIA SISTEMÁTICA no link: www.igrejabatista.net/loja Tradicionalmente, os defensores do batismo infantil (ou pedobatismo) alegam que sua prática remonta aos apóstolos. Entretanto, não há provas para essa afirmação. Não existe nenhuma evidência clara para o batismo infantil anterior ao terceiro século. Até mesmo a declaração de Agostinho de que o batismo infantil era um “costume firmemente estabelecido” na igreja está imprecisa. Tão tardios quanto os escritos de Agostinho (final do quarto e início do quinto século), muitos pais da igreja também não praticaram o batismo infantil ou nem mesmo eles próprios receberam o batismo até se tornarem adultos. Somente após a morte de Agostinho, no século V, poderíamos nos referir ao batismo infantil como um costume firmemente estabelecido.
Você conhece o pacto das igrejas batistas? Geralmente impresso no verso dos certificados de batismo, o pacto das igrejas batistas é um documento/texto que deveria ser conhecido por todo crente batista.
Para nós, os crentes batistas, a Bíblia Sagrada é a Palavra de Deus, não é um livro de literatura. Entendemos que é um livro sagrado escrito por homens de Deus idôneos e livres de qualquer suspeita.
Nossa origem histórica pode remontar ao pastor John Smith e ao advogado Thomas Helwys, mas eles não criaram nossos princípios e nossas doutrinas. Vimos, também, certa confusão dos primeiros batistas exatamente por causa de não termos uma origem numa pessoa, mas ao redor de princípios. Os princípios já estavam lá e foram entendidos por várias pessoas, em vários grupos. O que tornou difícil remontar a uma origem proclamada num lugar, dia e mês, embora consideremos a igreja fundada na Holanda, em 1609, como a primeira igreja batista. Mas sabemos que há diferenças de interpretações, o que mostra não haver unanimidade, embora a maioria opte como optei.
Com base no ensino de Jesus em Mateus 22.15-22, cremos haver uma distinção entre Igreja e Estado, que chamamos de princípio da separação entre a Igreja e o Estado. Entretanto, a compreensão e a aplicação desse princípio enfrenta duas grandes dificuldades: a primeira é que no ambiente da Bíblia não vemos esta distinção. Tanto Israel como os povos que com ele interagiam eram nações hierocráticas, em que o poder político era uma derivação natural da revelação divina e à luz dela devia ser exercido e julgado. Não havia separação entre religião e Estado. É grande o abismo sócio-político entre nós e os tempos bíblicos, e isso contamina nossa hermenêutica. Assim, continuamos a repetir “Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor”.
O objetivo desse pequeno artigo não é responder à pergunta sobre em que aspectos as correntes teológicas, Arminianismo e Calvinismo, estão ou não de acordo com as Escrituras. Não que isso seja irrelevante; na verdade é muito importante. Mas sobre esse assunto já existe material vasto disponível e talvez eu não tenha nada novo a acrescentar. Meu alvo é mostrar como essas duas abordagens estiveram presentes na história dos Batistas e propor de que forma os batistas atuais poderiam lidar com elas para promover a edificação da igreja, a fidelidade à ordem de Cristo e consequentemente a glória de Deus.
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Outubro 2024
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