HIstória da página
A página surgiu em 20 de dezembro de 2019 como uma iniciativa do editor após encontrar dificuldade em obter conteúdo histórico não-apologético sobre a história dos batistas. Por isso, o site Memória dos Batistas foi criado para ser um espaço de reflexão e memória para os mais diversos batistas brasileiros, bem como para contribuir com os estudos e pessoas interessadas no assunto, dando publicidade a textos, dados, informações, publicações e etc. A página é independente e não está dentro de qualquer estrutura denominacional. Contudo, ela está disposta a estabelecer parcerias estratégicas, pontuais ou de longo prazo, além de apoios mútuos, desde que a autonomia do projeto Memória dos Batistas não seja colocada em xeque. Estamos abertos a participação de qualquer pessoa interessada em colaborar, desde que esteja alinhada com os preceitos aqui expressos. Para participar da equipe, entre em contato clicando aqui.
O projeto conta com apoio técnico da empresa Zimel Mídia e Informação LTDA na gestão documental, conservação, preservação e digitalização do acervo fotográfico, iconográfico e textual.
O projeto conta com apoio técnico da empresa Zimel Mídia e Informação LTDA na gestão documental, conservação, preservação e digitalização do acervo fotográfico, iconográfico e textual.
OBJETIVOS GERAIS
A página nasceu com o objetivo de divulgar a história dos batistas no Brasil e no Mundo, bem como incentivar o estudo e reflexão acerca de doutrinas, princípios e práticas dos batistas. O ponto de partida sempre será do ponto de vista histórico dos batistas brasileiros. Apesar de ter uma linha editorial definida, a página tem espaço para pluralidade de pensamentos. Além disso, o Memória dos Batistas tem como objetivo dar luz as chamadas "micro-histórias" ou "histórias hiper-locais", que são histórias mais específicas de personagens, igrejas, regiões, ou mesmo na exploração exaustiva de fontes de um determinado assunto.
DIVERSIDADE DOUTRINÁRIA E A HISTÓRIA DOS BATISTAS
Esta página entende que, desde o início, os batistas nunca foram homogêneos na maneira de pensar/crer, assumindo por exemplo, que existiam no princípio, os batistas gerais e batistas particulares. Portanto, a página respeita essas diferenças e não evoca uma corrente ou outra como verdadeira. Contudo, o posicionamento será de maneira ativa, contra qualquer corrente doutrinária batista que tentar distorcer a história, construir narrativas para favorecer sua corrente teológica ou fazer uso de anacronismo. Deste modo, o Memória dos Batistas preza por pesquisas históricas baseadas em fontes primárias e defende que elas não sejam usadas para realizar narrativas que se afastem do contexto de sua produção. Outro ponto importante é que, apesar do maior volume de conteúdo publicado no site/canal ser sobre os batistas da Convenção Batista Brasileira, a página abre espaço para conteúdo histórico de outros grupos de batistas, por entender que eles também fazem parte da história.
DECLARAÇÕES E CONFISSÕES DE FÉ
Consideramos todas as confissões e declarações de Fé Batistas como expressão do livre exercício de fé de um grupo identificado com ela; consideramos também os valores históricos implícitos, bem como reconhecer que devem ser frutos reflexão e debate teológico. Pensar diferente disso, seria não concorrer para um princípio histórico e básico dos batistas: liberdade de consciência e liberdade religiosa. Respeitamos todos os batistas que professam sua Fé, que é expressa nas diversas confissões batistas. Afinal, ninguém deixa de ser batista ou é mais batista por ser confessional a uma ou a outra. Contudo, o Memória dos Batistas se reserva o direito de se posicionar doutrinariamente à luz da Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira (1985/1986) e a de New Hampshire (1833), sem necessariamente anular a posição doutrinária e histórica das demais.
POSICIONAMENTO SOBRE A HISTÓRIA DOS BATISTAS NO BRASIL
Historicamente, entendemos que a presença dos batistas no Brasil teve início com a chegada de imigrantes americanos em 1871 em Santa Bárbara do Oeste (São Paulo), onde aconteceu o primeiro culto de uma comunidade de Fé Batista, mesmo que restrito a americanos e ministrado em inglês. Esse foi o marco inicial. Do ponto de vista brasileiro, ou seja, da igreja batista brasileira, considerando aqui o primeiro culto ministrado em português e voltado para a evangelização de brasileiros, consideramos a Primeira Igreja Batista de Salvador (1882).
Temos elevada estima e consideração por outros batistas que imigraram para o Brasil na mesma época que os missionários norte-americanos pioneiros. Destacamos aqui, os batistas letos em Santa Catarina (1892) e os alemães no Rio Grande do Sul (1893), sem nos esquecer dos russos, eslavos e húngaros. Por isso, também são lembrados como pioneiros. Em Santa Catarina, por exemplo, a missão dos americanos chegou quase duas décadas depois dos letos já estarem plantando igrejas por lá.
Temos elevada estima e consideração por outros batistas que imigraram para o Brasil na mesma época que os missionários norte-americanos pioneiros. Destacamos aqui, os batistas letos em Santa Catarina (1892) e os alemães no Rio Grande do Sul (1893), sem nos esquecer dos russos, eslavos e húngaros. Por isso, também são lembrados como pioneiros. Em Santa Catarina, por exemplo, a missão dos americanos chegou quase duas décadas depois dos letos já estarem plantando igrejas por lá.
POSICIONAMENTO SOBRE A HISTÓRIA DOS BATISTAS NO MUNDO
Existem três principais correntes de pensamento sobre a origem dos batistas no mundo. São elas: Teoria JJJ (João - Jordão - Jerusalém); Origem nos anabatistas; Origem nos separatistas ingleses;
A teoria J-J-J, muito defendida pelos batistas americanos identificados com o landmarkismo, defende que os batistas descendem da época de Jesus, configurando-se como uma sucessão apostólica. Acreditamos que essa teoria encontra combustível no sentimento sincero de nossos irmãos em não querer ter ligação alguma com o catolicismo apostólico romano, ou mesmo na possibilidade dos batistas como resultado de uma reforma protestante, mesmo sendo ela a reforma mais aprofundada ou radical. O Memória dos Batistas não adota essa teoria, apesar de ter uma elevada estima pelos irmãos landmarkistas. Aliás, alguns missionários pioneiros no Brasil tinham esse posicionamento, o que talvez explique o fato dessa teoria ainda ser tão reconhecida e enraizada por aqui.
Existe também uma teoria de que somos herdeiros dos anabatistas. Apesar do Memória dos Batistas não crer nesta teoria, faz-se necessário algumas ponderações. Entendemos que, de certo modo, faz sentido pensar nessa hipótese, por conta dos estudos epistemológicos a cerca do nome (anabatistas-batistas) e pelos pontos em comum partilhados entre os anabatistas e batistas, sobretudo no que diz respeito à doutrina e aos princípios. Além disso, a primeira comunidade de fé batista na Holanda foi alicerçada sob forte influência anabatista, mas acreditamos que ela não era, em sua integralidade, uma igreja anabatista, uma vez que havia pontos importantes de divergência com eles. Por tanto, o Memória dos Batistas considera a hipótese que há um elo por influência.
A versão que o Memória dos Batistas assume é a dos separatistas ingleses. Esta é a corrente academicamente mais aceita e apoiada pelo Memória dos Batistas sobre a origem das Igrejas Batistas: o surgimento como um grupo de dissidentes ingleses no século XVII. Essa igreja nasceu quando um grupo de refugiados ingleses foi para a Holanda em busca de liberdade religiosa em 1608; o grupo era liderado por John Smyth, um clérigo, e Thomas Helwys, um advogado. Em 1609, eles organizaram em Amsterdã uma igreja de doutrinas batistas. De volta à Inglaterra, Thomas Helwys organizou uma Igreja Batista em Spitalfields, nos arredores de Londres, em 1612. Levamos em consideração o contexto da primeira declaração de Fé de Helwys, o fato da separação de John Smyth da igreja em Amsterdã e, por consequência, sua dissolução e retorno para a Inglaterra. Portanto, consideramos este contexto como marco inicial. Consideramos também que há dois grupos emblemáticos entre os pioneiros: os gerais e particulares.
A teoria J-J-J, muito defendida pelos batistas americanos identificados com o landmarkismo, defende que os batistas descendem da época de Jesus, configurando-se como uma sucessão apostólica. Acreditamos que essa teoria encontra combustível no sentimento sincero de nossos irmãos em não querer ter ligação alguma com o catolicismo apostólico romano, ou mesmo na possibilidade dos batistas como resultado de uma reforma protestante, mesmo sendo ela a reforma mais aprofundada ou radical. O Memória dos Batistas não adota essa teoria, apesar de ter uma elevada estima pelos irmãos landmarkistas. Aliás, alguns missionários pioneiros no Brasil tinham esse posicionamento, o que talvez explique o fato dessa teoria ainda ser tão reconhecida e enraizada por aqui.
Existe também uma teoria de que somos herdeiros dos anabatistas. Apesar do Memória dos Batistas não crer nesta teoria, faz-se necessário algumas ponderações. Entendemos que, de certo modo, faz sentido pensar nessa hipótese, por conta dos estudos epistemológicos a cerca do nome (anabatistas-batistas) e pelos pontos em comum partilhados entre os anabatistas e batistas, sobretudo no que diz respeito à doutrina e aos princípios. Além disso, a primeira comunidade de fé batista na Holanda foi alicerçada sob forte influência anabatista, mas acreditamos que ela não era, em sua integralidade, uma igreja anabatista, uma vez que havia pontos importantes de divergência com eles. Por tanto, o Memória dos Batistas considera a hipótese que há um elo por influência.
A versão que o Memória dos Batistas assume é a dos separatistas ingleses. Esta é a corrente academicamente mais aceita e apoiada pelo Memória dos Batistas sobre a origem das Igrejas Batistas: o surgimento como um grupo de dissidentes ingleses no século XVII. Essa igreja nasceu quando um grupo de refugiados ingleses foi para a Holanda em busca de liberdade religiosa em 1608; o grupo era liderado por John Smyth, um clérigo, e Thomas Helwys, um advogado. Em 1609, eles organizaram em Amsterdã uma igreja de doutrinas batistas. De volta à Inglaterra, Thomas Helwys organizou uma Igreja Batista em Spitalfields, nos arredores de Londres, em 1612. Levamos em consideração o contexto da primeira declaração de Fé de Helwys, o fato da separação de John Smyth da igreja em Amsterdã e, por consequência, sua dissolução e retorno para a Inglaterra. Portanto, consideramos este contexto como marco inicial. Consideramos também que há dois grupos emblemáticos entre os pioneiros: os gerais e particulares.
POSICIONAMENTO SOBRE QUESTÕES DOUTRINÁRIAS
Como já falamos aqui, existe uma diversidade no pensamento batista, principalmente no que diz respeito à soteriologia. Observamos que isso ocorre desde o início de nossa história com os batistas gerais e particulares.
Entendemos que o site Memória dos Batistas é fonte de informação para todas as correntes entre os batistas. Do ponto de vista brasileiro, ou seja, da história dos batistas no Brasil (além dos missionários americanos, considerando também os batistas letos, alemãs, etc), buscamos ter um equilíbrio sobre o reconhecimento do que é histórico por aqui. Isto não é uma tarefa fácil, principalmente quanto esbarramos em conflitos de interesses políticos e doutrinários. Contudo, o Memória dos Batistas procura se por ao lado de fatos e ser justo historicamente com todos.
Desde o início, há ministros batistas no Brasil que seguiam a soteriologia particular e ministros que não a seguiam, ou seja, há diversidade neste aspecto. Contudo, os batistas pioneiros, ressalvadas essas diferenças, nunca se dividiram por causa disso; eles conseguiram forjar uma convenção batista que abarcou batistas ortodoxos (calvinistas e não calvinistas) em pontos fundamentais e comuns a todos os batistas. A própria estratégia inicial de usar a Confissão de Fé Batista de New Hampshire reflete para nós como um esforço de congregar todos em torno de uma comum cooperação de Fé. Entendemos que havia um respeito entre os ministros batistas que eram adeptos da soteriologia particular ou geral, mas que por outro lado seguiam os mesmos princípios e doutrinas básicas apregoadas pelos batistas. Isso foi o suficiente para manter a união. Reconhecemos também que o grupo não-particular era maioria, pois não só estava sob forte influência dos missionários da Junta de Rochmound (Convenção Batista do Sul dos EUA), onde muitos haviam passado por um processo de despertamento missionário, mas também pelo fato de que alguns ministros assumiram uma posição calvinista mais moderada e muitos uma postura não-calvinista, ainda que não necessariamente anti-calvinista.
O conteúdo da página é de cunho informativo/jornalístico.
Entendemos que o site Memória dos Batistas é fonte de informação para todas as correntes entre os batistas. Do ponto de vista brasileiro, ou seja, da história dos batistas no Brasil (além dos missionários americanos, considerando também os batistas letos, alemãs, etc), buscamos ter um equilíbrio sobre o reconhecimento do que é histórico por aqui. Isto não é uma tarefa fácil, principalmente quanto esbarramos em conflitos de interesses políticos e doutrinários. Contudo, o Memória dos Batistas procura se por ao lado de fatos e ser justo historicamente com todos.
Desde o início, há ministros batistas no Brasil que seguiam a soteriologia particular e ministros que não a seguiam, ou seja, há diversidade neste aspecto. Contudo, os batistas pioneiros, ressalvadas essas diferenças, nunca se dividiram por causa disso; eles conseguiram forjar uma convenção batista que abarcou batistas ortodoxos (calvinistas e não calvinistas) em pontos fundamentais e comuns a todos os batistas. A própria estratégia inicial de usar a Confissão de Fé Batista de New Hampshire reflete para nós como um esforço de congregar todos em torno de uma comum cooperação de Fé. Entendemos que havia um respeito entre os ministros batistas que eram adeptos da soteriologia particular ou geral, mas que por outro lado seguiam os mesmos princípios e doutrinas básicas apregoadas pelos batistas. Isso foi o suficiente para manter a união. Reconhecemos também que o grupo não-particular era maioria, pois não só estava sob forte influência dos missionários da Junta de Rochmound (Convenção Batista do Sul dos EUA), onde muitos haviam passado por um processo de despertamento missionário, mas também pelo fato de que alguns ministros assumiram uma posição calvinista mais moderada e muitos uma postura não-calvinista, ainda que não necessariamente anti-calvinista.
O conteúdo da página é de cunho informativo/jornalístico.