Até o início da década de 1970, o Catolicismo era a religião predominante no município de Itapuranga. E, estatísticas da época apontam que por volta do ano 1975, Itapuranga tinha 95% de sua população composta por católicos. No início desta década chegou para a Itapuranga uma família evangélica batista vinda de outro município goiano que inicialmente se uniu aos presbiterianos, grupo evangélico que já se reunia como igreja na cidade. Os dois grupos congregaram unidos em clima bastante fraterno por um período até que o grupo batista alugou um pequeno espaço com vistas à abertura de trabalho próprio. A despedida foi marcada por um clima de confraternização. Realizou-se um jantar com a presença dos dois grupos evangélicos envolvidos e os amigos aos quais ambos empenhavam-se em comunicar o Evangelho. O pequeno grupo batista, basicamente constituído de elementos de uma mesa família, prosseguiu com sua busca pela consolidação do trabalho. A estratégia adotada inicialmente constituiu em atrair crianças para suas reuniões na expectativa de aproximar-se também dos pais. Na prática funcionou muito bem. Em outra frente, possivelmente em um segundo momento, Dorcas Carneiro e Tinoir Oliveira (respectivamente cunhada e cunhado) atuaram complementarmente, assim: Tinoir Oliveira, que era funcionário do Colégio Estadual em Itapuranga, estabelecia excelente amizade com os alunos da instituição, especialmente por meio de aconselhamento aos mesmos e em seguida convidava-os para os ensaios no pequeno templo, onde Dorcas os aguardava e ensinava-lhes cânticos. Os ensaios eram sistemáticos e disciplinados, ocorriam ao som de um antigo harmônio, uma acústica deficiente nas modestas instalações físicas do primeiro templo, mas regados com uma inesgotável dose de paciência e maternal carinho.
Tais ensaios eram pretextos para ensinar verdades muito profundas, já que Dorcas convidava aqueles jovens a entoarem músicas como o Hino 547 do Cantor Cristão, denominado "Semeando e Segando", cujas primeiras linhas dizem: "Semente lançada na Terra, germina e seu fruto produz. As nossas ações e palavras, dão ceifa de trevas ou luz" e o Refrão que indagava repetidamente: "Que queres, ó jovem segar? A vida ou a morte será! O fruto decerto se colhe, De tudo que se semear". Tais perguntas, certamente calaram fundo naqueles corações tantas vezes depois de tais ensaios! Vários, entre aqueles jovens vieram a se converter e alguns permanecem firmes na fé bíblica até os dias de hoje. E aos que firmaram o senhor somou outras almas. E ainda outras se juntaram a estes últimos. Porque esta é a dinâmica da igreja do Senhor Jesus Cristo. Atualmente, as estimativas apontam para cerca de 1/3 da população do município de Itapuranga, estimada em 30 mil habitantes, constituída de evangélicos. E parte significativa deste contingente é formada por batistas, que se reúnem em um edifício bem maior no mesmo local, onde comemoram o aniversário de Organização da Primeira Igreja Batista em Itapuranga, no dia 10 de fevereiro de cada ano. Certamente empenhados em imitar a fé e dedicação demonstradas pelos irmãos pioneiros. E assim caminha a Primeira Igreja Batista em Itapuranga, como as demais igrejas batistas goianas, escrevendo sua própria história em alguma parte do Estado, onde conta a História do Evangelho de Jesus Cristo. Até que Ele volte! |
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Outubro 2024
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