A existência do SEMINÁRIO TEOLÓGICO BATISTA EQUATORIAL (STBE) é propósito de Deus realizado progressivamente através das décadas do milênio passado. A história tem início na sessão anual da Missão Batista do Norte (MBN) em Recife no ano de 1949. O pastor J. Daniel Luper relata em sua pesquisa que “embora houvesse membros da Missão Batista do Norte, que por razões de afeto ao trabalho que lhe pertencera historicamente, a sessão plenária acabou cedendo aos anseios dos missionários da região extremo-norte brasileiro para formar uma nova missão na região”. Surge então a Missão Batista Equatorial, apesar das posições em contrário, os paradigmas dão lugar à necessidade. O missionário Clem Hardy, de Manaus, apóia a idéia de se instalar um Instituto Teológico, através da MBE, com a possibilidade de se evangelizar quase 50% do Brasil com pessoas do próprio norte.
O objetivo central sempre foi manter na região Norte uma Missão que visasse “preparar obreiros da região norte, preparados no norte para trabalhar com o povo da vasta região norte”. Na ocasião três foram as localidades sondadas: Santarém, Carolina e Belém. A cidade de Santarém não apresentava a infraestrutura necessária, além da dificuldade do deslocamento de professores e alunos. A Junta de Missões Nacionais mantinha em Carolina (MA) um Instituto Bíblico, o que levou o Dr. L. M. Bratcher investir tempo e argumentos para que houvesse unificação de esforços em favor daquele Instituto em detrimento da idéia da criação de outra instituição em Belém. Tais investimentos por parte daquele Secretário Executivo/Tesoureiro fez com que a Missão Batista Equatorial fosse duas vezes à Carolina para estudar o assunto. Num destes momentos, o missionário Clen Hardy ao retornar para Manaus embarca no avião que ia para Carolina. Só se deu conta quando desembarcou em solo maranhense. Enquanto esperava vôo para Manaus visitou o Instituto de Carolina e ficou impressionado com as instalações, com o corpo docente e discente. Posteriormente uma comissão composta dos irmãos Vance Vernon, Paulo Sanderson e Lonnis Doyle também visitaram o local, todos foram unânimes em prestar apoio à instituição da JMN em 1953, enviando alunos para lá com bolsas de estudo. Apesar de todos os pontos a favor do investimento em Carolina, o missionário Hanry argumenta na sessão da Junta Executiva da Missão, em dezembro de 1950, que a cidade de Belém oferecia um melhor raio de ação evangelístico para os seminaristas e que o local seria mais logístico aos nacionais e missionários americanos. Em 1953 a Missão Batista equatorial homologou, em sua sessão anual, a recomendação da Junta Executiva, com significativa participação do então Secretário Regional da Junta de Richmond, Dr. Everett Gill, Jr. Ainda em 1952, antes da homologação da transferência do apoio de Carolina para Belém, pensava-se em nomes que viessem assumir a direção do instituto. O nome do professor Haroldo Schaley, do Seminário do Norte foi cogitado, mas a Junta de Richmond considerou o pedido do missionário Paulo Sanderson que escolheu o Pará como local de seu trabalho, tendo como meta principal a criação do Instituto Teológico em Belém. Passos são dados na direção da instalação do instituto, em 1955 o Pr. Sanderson apresenta à Missão os projetos iniciais que necessitaria de uma verba inicial de US$ 1.200,00. Diante das dificuldades, a Primeira Igreja Batista do Pará hospedou no porão da casa que servia como templo, então situada à rua João Balbi, número 466, próximo à travessa 14 de março, a primeira turma do Instituto Teológico Batista Equatorial, que teve sua primeira aula no dia 2 de agosto de 1955. O Pr. Sanderson escreve ao O Batista Paraense, órgão da Convenção Batista do Pará e Território Federal do Amapá: “o primeiro semestre era principalmente para iniciar o Instituto e para espalhar a notícia através da Missão que existe. A princípio era necessariamente humilde com 2 professores de Bíblia e uma professora de português (Prof. Waldelice Pinto de Souza que também era secretária do Instituto Teológico Batista Equatorial – ITBE, então solteira). Os primeiros quatro alunos eram três evangelistas da Convenção Estadual Paraense e um membro de uma igreja do interior que aspirava ser evangelista. Quanto à idade os alunos tinham entre 28 a aproximadamente 48 anos de idade…”. A primeira Comissão Consultiva surgiu a pedido do Pr. Sanderson a fim de assessorar a direção do ITBE, e ficou assim constituída:
Já em 2 de março de 1956 o ITBE já recebia sete alunos (Francisco Guedes de Araújo [Fortaleza] trabalhou na Igreja Batista do Guamá; Manuel Teixeira Jorge [Santarém]; Pedro Batalha Rego [Amazonas] trabalhou no bairro de Marambaia; Raimundo Silvestre Barbosa [Castanhal] trabalhou em Inhangapi e Granja Eremita; Hermógenes Dutra Lopes, [Pará] trabalhou em Igarapé-Açu; Alexandre Silva [Barcarena] e Orlando Figueiredo, trabalhou em Icoarací e João Coelho). Duas eram as afirmações a respeito dos objetivos:
Em 1958 inicia-se a construção do complexo: capela, administração, internato masculino e refeitório que se estende até 1959. Este primeiro investimento custou US$ 25.000,00 (vinte e cinco mil dólares). As obras se estenderam até 1963, mas em 1960 somou-se à construção o Internato Feminino e em 1961 já abrigava 10 seminaristas e uma professora. O ITBE caminhou na direção da qualidade do ensino e de atender às necessidades do Campo. Muitos detalhes serão futuramente declarados e expostos na página da Internet do STBE. Todo nosso discurso está baseado nas pesquisa do prof. Daniel Luper e estará à disposição na nossa página em breve. A história registra que o professor Dr. Thomas Hansell pediu demissão do cargo e indicou a direção de um dirigente brasileiro devidamente capacitado. Em 1964 o Instituto Teológico Batista Equatorial é assumido por um diretor brasileiro, Dr. Pastor Jussiê Gonçalves de Souza, recém chegando dos Estados Unidos da América após conclusão de cursos naquele país. Segundo o próprio, suas metas eram:
Nesta noite se concretiza 50 anos de bênçãos, dentre todos os motivos que temos para comemorar o Jubileu de Ouro do STBE, um dos que mais nos orgulha e emociona é testemunhar a obra realizada através das centenas de obreiros que aqui se formaram e estão espalhados pelo estado do Pará, pelo Brasil e pelo mundo. |
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Outubro 2024
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