Autor de ilustrações de diversas capas de publicações antigas da Denominação Batista. Dedicou parte de sua vida ao trabalho na antiga Casa Publicadora Batista (Convenção Batista Brasileira) // Faleceu no último dia 18 de abril de 2020, o Artista Plástico Clauber Campos Cecconi, também conhecido como Clauber Cecconi ou simplesmente Cecconi. Nascido em 17 de julho de 1939, em Sorocaba, no interior de São Paulo, foi para o Rio de Janeiro. Foi membro da Igreja Batista do Méier (Rio de Janeiro) e trabalhou como ilustrador de capas de diversas publicações da denominação, como os Manuais dos Postos da organização Embaixadores do Rei. Em um dos seus quadros, um homem usa o que seria uma camisa dos Embaixadores do Rei. Recebeu no dia 08 de outubro de 2004, o título de Imortal da Academia Brasileira de Belas Artes, cadeira de grau nº15, que tem o pintor Pedro Américo como Patrono. Antes de dedicar-se inteiramente à pintura, Cecconi já era conhecido pelos seus trabalhos de ilustrações publicitárias e no campo editorial por suas capas de livros e seus desenhos a nanquim, tal versatilidade provavelmente era decorrente de suas buscas constante no desenho. Cecconi, já nos primeiros anos da década de 60. Recebera vários prêmios por seus desenhos e pinturas apresentados nos salões de arte de que participava.
Em 1988 partiu em direção à pintura, dedicando-se totalmente. Largou a publicidade e as editoras, envolvendo-se de corpo e alma à pintura ou a arte pura. Em 1992 ganhou o prêmio de viagem à Europa pela Universidade Estácio de Sá. No velho continente "Europa", descobriu e iniciou uma nova fase em sua pintura; seus temas prediletos ficou sendo: feiras de flores parisienses, os recantos floridos de Levens e Nice no Sul da França, gondoleiros nos canais de Veneza" as ruínas de Roma e os interiores das Catedrais Europeias. A repercussão do seu trabalho chegou às mãos de colecionadores europeus, acervos de norte americanos, japoneses, argentinos, galerias de arte do Rio de Janeiro) Paraná, Florianópolis, Vitória, Recife outros estados. Recebeu vários convites para exposições individuais e participou de inúmeras coletivas etc. Ao longo de mais de 50 anos de pintura, Cecconi, alcança com sua arte realmente excepcional, a universalidade a que tem direito. Seus quadros são vendidos com valores compatíveis de grandes artistas em sua galeria pessoal, galerias espalhadas pelo Brasil e pelo mundo. TESTEMUNHO de Hudson Silva // "Um ícone. Uma figura e tanto.""Nada melhor do que um sonho para criar o futuro." (Victor Hugo) Artista na concepção máxima da palavra. O nome dele já inspira arte. Minha fascinação, ainda bem novo, foi vê-lo pintar na JUERP. Quando fui trabalhar na empresa ele não era mais um dos funcionários, mas fazia uma ou outra capa de livro. Entre tantas coisas, ele ilustrou as capas dos manuais de postos dos ER. Meu olhar de admiração para aquele homem grande, elegante, com voz de trovão era notória. Não disfarçava e todos que estavam por perto percebiam. Foi assim, numa dessas visitas dele à JUERP (Junta de Educação Religiosa e Publicações), que o conheci pessoalmente. Nem me lembro quem o apresentou, creio que foi o meu chefe, pastor Edson Machado. Com fala trêmula disse que o admirava e que, quando eu crescesse queria ser como ele. Ele gentilmente mexeu no meu cabelo e disse: rapaz cada artista tem o seu caminho. Em seguida me convidou para ir à sua casa. Pensei que fosse uma formalidade carioca, mas, ele completou: Tem um culto na minha casa toda segunda-feira, aparece lá. Você é bem-vindo. Eu tinha uns 15 anos. Quando a segunda-feira chegou eu fui. Era impossível não reconhecer a casa. Casa de artista. E a varanda? Meu Deus! Tinha uma favela pintada na parede. Um afresco!!! Fiquei ali observando os detalhes, participei do culto e o ouvi cantar. "Esperei confiantemente no Senhor..." no final, enquanto rolava um lanchinho, ele me mostrou alguns dos seus trabalhos. Nem lembro como o encontro terminou, mas ainda parece que o ouço e vejo sua arte. Hoje, estou triste e lembrando daquele momento mágico. Louvo a Deus pela vida de Clauber Campos Cecconi, e a forma como acolheu um 'moleque'. TESTEMUNHO de John Hatton, filho de William Alvin Hatton Cecconi, uma pessoa que sempre admirei. Será lembrado sempre com muitas saudades. Quando menino, papai me levava para a Casa Publicadora Batista na Praça da Bandeira e me deixava passar horas com os artistas (desenhistas, ilustradores) no Departamento de Arte e Diagramação. Clauber Cecconi era o chefe e realmente—que talento! Paulo Damazio (e anos depois, Paulo Ricardo) e outros sempre demonstraram muita paciência comigo. Pintavam óculos, barba e bigode em mim com tinta nanquim. E me ensinaram como ilustrar rostos e me deram minhas primeiras aulas de arte. Saudades! Fontes: https://academiabrasileiradeartes.org.br/ http://enciclopedia.itaucultural.org.br/ https://www.youtube.com/watch?v=f_ppkeuj_B4 https://portalartes.com.br |
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Outubro 2024
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