O pastor batista William Franklin "Billy" Graham Jr (1918-2018). Desde 1948, Billy realizava suas cruzadas pelo globo. Estádios, parques e outros locais públicos eram usados para os eventos evangelísticos de massa. Dados apontam, que o reverendo Graham alcançou uma audiência direta de quase 210 milhões de pessoas em 185 países. No Brasil, Graham pelo menos quarto vezes vezes pregando. A primeira vez foi em junho de 1960, no Rio de Janeiro, no 14º Congresso da Aliança Batista Mundial. O evento, realizado no Maracanãzinho, (outras fontes afirmam ser o Maracanã) reuniu milhares de crentes para ouvir "o maior pregador evangélico dos tempos modernos" para ouvir o sermão "Cristo crucificado" - divulgou o jornal O Globo na época
Dois anos depois, em setembro de 1962, o reverendo norte-americano realizou na cidade de São Paulo sua primeira Cruzada no país, lotando o estádio do Pacaembu. Em 1974, novamente, o Rio de Janeiro recebeu o famoso pregador para a sua mais conhecida e lembrada passagem pelo país, onde o maior estádio do mundo naquele momento, o Maracanã, lotou para sua grande Cruzada Evangelística. Quatro anos depois, em 1979, Graham retornaria ao país para pregar no evento interdenominacional Geração 79, em São Paulo. Com certeza, suas pregações e cruzadas foram eventos marcantes na evangelização pátria. Porém, ironicamente, à Cruzada de 1974, no Rio, gerou discussões acaloradas na Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, em Santo André, São Paulo - segundo Silas Daniel em seu livro História da CGADB. A grande questão em debate, que envolveu o nome de Graham foi "a influência da televisão e dos pregadores internacionais", e consequentemente, o receio dos líderes, que os crentes começassem a adquirir aparelhos de televisão para assistirem às mensagens dos famosos televangelistas da América do Norte. Quem expressou esse temor, foi justamente o líder da igreja hospedeira da CGADB, o pastor Joaquim Marcelino da Silva. E, ao falar sobre o assunto, citou justamente Billy Graham, "que havia vindo ao Brasil recentemente e, uma vez por ano, transmitia para vários países, inclusive o Brasil, um programa evangelístico pela televisão." Ainda na visão do veterano obreiro, à Cruzada de Graham trouxe "prejuízos espirituais" aos crentes. Depois das observações do pastor Marcelino, convencionais rebateram as argumentações do líder de Santo André. Alípio da Silva, Marinésio Soares e Paulo Macalão procuraram destacar o grande trabalho do evangelista norte-americano em prol do Reino de Deus. Principalmente Macalão, que na Cruzada de Graham participou do Conselho Consultivo do evento. Macalão sabiamente frisou que: "a preocupação não deveria recair sobre o televangelista, mas sobre a televisão". Não era a primeira nem a última vez, que o uso da televisão seria debatido, mas naquela Convenção, especificamente, à mídia televisiva e outras "modernidades" seriam combatidas através da famosa resolução de Santo André. O tempo passou, e atualmente ninguém questiona o legado de Billy Graham. Inclusive, seu Ministério serve de grande exemplo para os nossos denodados líderes assembleianos como bem destacou o pastor Daladier Lima em seu blog Reflexões sobre quase tudo. Fica a dica! Fontes:
|
SOBREBLOG do Grupo de Pesquisa sobre História e Memória dos Batistas Histórico
Outubro 2024
Categorias
Tudo
Os textos publicados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam necessariamente a posição oficial deste site ou do Memória dos Batistas, assim como todos os comentários publicados.
|