Betty Pitrowsky nasceu em 13 de maio de 1919, no Rio de Janeiro. Filha primogênita do pastor Ricardo Pitrowsky, de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul e de Eugenia (Thomas) Pitrowsky, de Santa Bárbara do Oeste, em São Paulo. Betty é bisneta do pastor Robert Porter, um dos membros fundadores da Primeira Igreja Batista no Brasil, organizada em 10 de setembro de 1871, em Santa Bárbara do Oeste. Betty Antunes de Oliveira, a única personagem que ainda vivia quando publiquei meu livro “Vozes femininas no início do protestantismo brasileiro”, nos deixou no dia 11 de outubro de 2016 e foi se encontrar com seu Pai Amado e, agora desfruta de um resplendor maravilhoso. Quando aguardava a publicação do livro, que foi sendo postergada, orei muito para que Deus conservasse com vida D. Betty e para que ela pudesse ter a alegria, como escritora de livros e biografias, de ler também um pouco de sua história em um livro sobre as mulheres evangélicas. Ela foi e continuará sendo uma grande inspiração para mim: o fato de não desanimar diante dos preconceitos e ditames da denominação; o fato de ser humilde e simples; o fato de ser competente como historiadora; o fato de ser uma musicista talentosa; e ainda mais, o fato de ter sido uma esposa amorosa e uma mãe dedicada são motivos mais do que suficientes para que eu me espelhe nela e busque a coragem, determinação e amor a Cristo que tanto ela demonstrou em vida. Segue seu resumo biográfico, que faz parte do capítulo 9 do livro citado acima. Minha mãe é de fato uma pessoa linda por fora e ainda mais por dentro. Tem um semblante de paz e agradecimento, apesar de ter sofrido momentos dolorosos e difíceis lá em Manaus onde passou cinqüenta anos trabalhando para o Senhor em situações demais precárias. Como era concebido antigamente, a esposa de pastor tem que trabalhar muito em casa e na igreja, porque é uma esposa de pastor. Sem ganho financeiro, é claro! Papai sempre dizia: “sem o meu Bem (era como eles se tratavam) eu não sou o que sou”. O semblante dela até hoje e seu modo de ser não nos deixa perceber o quanto ela sofreu naquele lugar, que naquele tempo era considerado “fim-de-mundo”. Ir para aquele rincão era considerado loucura. (Betty Antunes de Oliveira – filha) [2] Betty Pitrowsky nasceu em 13 de maio de 1919, no Rio de Janeiro. Filha primogênita do pastor Ricardo Pitrowsky, de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul e de Eugenia (Thomas) Pitrowsky, de Santa Bárbara do Oeste, em São Paulo. Betty é bisneta do pastor Robert Porter, um dos membros fundadores da Primeira Igreja Batista no Brasil, organizada em 10 de setembro de 1871, em Santa Bárbara do Oeste. Quando Ricardo Pitrowsky, pai de Betty, sentindo-se vocacionado para o ministério pastoral, foi pedir ao pai dele que o deixasse ir para o Seminário Batista no Rio de Janeiro, ouviu como resposta: “Meu filho, você é agora o único filho varão que pode fazer o trabalho pesado da roça e eu já estou ficando velho. Não posso deixar você ir”.[3] E o rapaz permaneceu mais um tempo dedicando-se à agricultura para ajudar sua família e conseguir meios para sua viagem ao Rio de Janeiro. Sua biografia, escrita por sua filha Betty, foi intitulada “Do arado ao cajado”, por que como ele próprio afirmou: “Deus chamou-me de detrás do arado (…).[4] Com grande alegria tenho procurado cumprir a Sua vontade”. Pr. Ricardo Pitrowsky foi pastor da Igreja Batista de Engenho de Dentro no Rio de Janeiro por mais de trinta e oito anos e foi musicista a vida toda, tendo traduzido e adaptado músicas para o Cantor Cristão e feito parte da equipe que preparou a primeira edição com música. Com ambos os pais músicos, a mãe Eugênia era pianista, foi natural o talento musical da primogênita. Aos sete anos de idade, iniciou seus estudos em letras e música, e aos treze tornou-se aluna da Escola Nacional de Música, da Universidade do Brasil, formando-se em 1936 no curso superior de piano e matérias correlatas. Betty foi batizada aos onze anos de idade e participou das organizações de crianças, moças, senhoras e jovens na sua Igreja. Ainda na sua adolescência, foi corista do coro de vozes femininas, dirigido por Aline Muirhead, e pianista do coro infantil. Betty (Pitrowsky) Antunes de Oliveira: esposa, mãe e administradora do lar |
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Outubro 2024
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