As principais críticas ao calvinismo entre os batistas variam conforme o contexto histórico, teológico e denominacional. No entanto, algumas objeções recorrentes podem ser identificadas, principalmente entre os batistas que seguem uma teologia mais arminiana ou tradicionalista. Aqui estão algumas das críticas mais comuns, confira! 1. Livre-Arbítrio e Responsabilidade Humana Muitos batistas, especialmente os influenciados pelo arminianismo, rejeitam a doutrina calvinista da eleição incondicional, argumentando que ela limita a responsabilidade humana diante da salvação. Para esses críticos, o calvinismo enfatiza excessivamente a soberania de Deus, minimizando o papel do ser humano em aceitar ou rejeitar a graça. 📌 Crítica principal: A predestinação calvinista enfraquece a ideia bíblica do chamado universal ao arrependimento e fé. 📖 Referências bíblicas usadas pelos críticos:
2. Expiação Limitada vs. Universalidade da Redenção Os batistas não calvinistas costumam rejeitar a doutrina da Expiação Limitada, que ensina que Cristo morreu apenas pelos eleitos. Eles defendem que a morte de Cristo foi por todos, permitindo que qualquer pessoa possa ser salva. 📌 Crítica principal: A expiação limitada diminui o alcance do sacrifício de Cristo e contradiz passagens que falam de uma oferta universal da salvação. 📖 Referências bíblicas usadas pelos críticos:
3. Determinismo e o Caráter de Deus Uma crítica frequente ao calvinismo entre os batistas não calvinistas é que a ênfase na soberania divina pode levar a um determinismo teológico, fazendo de Deus o autor indireto do mal. Se tudo acontece conforme a vontade decretada de Deus, como isso se harmoniza com a santidade divina? 📌 Crítica principal: O calvinismo pode implicar que Deus determina a perdição de alguns (preterição ou dupla predestinação), o que parece contrário ao caráter amoroso e justo de Deus. 📖 Referências bíblicas usadas pelos críticos:
4. Evangelismo e Missões O calvinismo se extremado, pode levar ao hipercalvinismo. Por isso, alguns críticos dentro do meio batista argumentam que a crença na eleição incondicional pode enfraquecer o zelo evangelístico e missionário, levando então ao hipercalvinismo. Se Deus já predestinou quem será salvo, qual a necessidade do esforço missionário? Essa crítica foi forte nos séculos XVIII e XIX, quando missionários como William Carey tiveram que enfrentar resistência de calvinistas que viam o evangelismo como desnecessário. 📌 Crítica principal: O calvinismo pode levar à inatividade evangelística, pois, se os eleitos serão salvos independentemente da ação humana, por que pregar? 📖 Referência histórica:
5. Segurança da Salvação vs. Perseverança dos Santos Os batistas que não são calvinistas geralmente acreditam na segurança da salvação, mas alguns rejeitam a doutrina da Perseverança dos Santos da forma que o calvinismo a ensina. Enquanto os calvinistas dizem que os eleitos necessariamente perseverarão até o fim, alguns batistas acreditam que um cristão genuíno pode cair da graça e perder a salvação. 📌 Crítica principal: O calvinismo pode levar a uma falsa segurança, sugerindo que uma pessoa pode viver em pecado e ainda assim estar salva porque foi eleita. 📖 Referência bíblica usada pelos críticos:
Conclusão As críticas ao calvinismo entre os batistas geralmente giram em torno da responsabilidade humana na salvação, do caráter de Deus, da abrangência da expiação e do impacto da doutrina na evangelização. Apesar dessas divergências, é importante lembrar que há batistas calvinistas e batistas não calvinistas, e ambos os grupos coexistem historicamente dentro do movimento batista. |
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Março 2025
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